FNascido em Kozienice, na Polônia, em 1921, o artista perdeu toda sua família para o holocausto. Nos quatro anos que passou na guerra, Frans Krajcberg se defrontou com a face mais obscura do ser humano, a violência. Após toda essa barbaridade, o artista plástico encontrou refúgio na beleza das formas da natureza. Ele se radicou no Brasil, onde chegou em 1948.
Na década de 1960, Krajcberg morou no interior de Minas Gerais, em uma caverna na região de mineração de Itabirito – lá ele extraia os pigmentos de suas tintas. Mas foi ao conhecer o sul da Bahia,
Dmais precisamente Nova Viçosa, a convite do amigo e arquiteto Zanine Caldas, que o artista plástico encontrou seu refúgio para a vida. “Eu pensei: ‘Meu Deus, quanta riqueza que tem, movimento que tem, que a arte ignora. Eu fico aqui“, contou Frans Krajcberg no documentário “O grito da natureza”, produzido pela TV Brasil..
SA primeira forma de linguagem do homem foi o “grito da natureza”. De acordo com o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, os homens utilizavam sons para pedir socorro no perigo ou ao aliviar-se de dores violentas. O grito de Frans Krajcberg (1921-2017) foi semelhante a essa linguagem primitiva, na medida em que denunciou a violência do homem contra a natureza e expunha a dor das florestas devastadas.
NO artista plástico, premiado na Bienal de Veneza, na Bienal Internacional de São Paulo e no
Salão de Arte Moderna, entre outros, foi muito importante no panorama da arte brasileira e
desenvolveu um poderoso trabalho de ativismo com suas obras em pintura, escultura e
fotografia.
Fonte:
https://www.ecycle.com.br/frans-krajcberg