![Visita a Biblioteca do Instituto Ricardo Brennand](instituto_biblioteca_arquivos/image002.gif)
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Maria Luiza d´Orey
Lacerda Soares
e
Diva Mello
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São 20.000 volumes,com
especial enfoque para o período Brasil-Holandês, e
obras que são verdadeiras preciosidades, a Biblioteca possui uma seção de
cartografia e gravuras. Incorporados também os acervos do professor historiador
José Antônio Gonsalves de Mello Neto e do
documentarista Edson Nery da Fonseca e do escritor musicólogo Padre Jaime
Cavalcanti Dinis-arquivo de música colonial.
José
Antônio Gonsalves de Mello Neto
![José Antônio Gonsalves de Mello (Acervo do Diario de Pernambuco).](instituto_biblioteca_arquivos/image011.jpg)
José Antônio Gonsalves
de Mello Neto nasceu no Recife, em 16 de dezembro de 1916. Era filho do médico
Ulisses Pernambucano de Mello e primo do sociólogo Gilberto Freyre. Obstinado
pelos estudos históricos e raízes pernambucanas desde a adolescência buscou
aprimorar estudos no inglês, francês, espanhol, alemão e holandês; bem como
aprendeu paleografia e técnicas de leitura de documentos antigos. Considerado um dos grandes
historiadores brasileiros e o maior especialista nos estudos do Período
Holandês no Brasil. Fez seus estudos secundários no Ginásio Pernambucano, em
Recife e no Anglo-Brasileiro, no Rio de Janeiro, no período de 1928 a 1933. Em 1930 escreve
seu primeiro trabalho para o jornal “A Província”, uma monografia sobre Fridtjof Nansen, um explorador
norueguês. Foi convidado por Gilberto Freyre em 1933 para fazer pesquisas
históricas para o livro em formação deste, “Casa-Grande & Senzala” no
Arquivo Público do Recife. Participou em 1934 do I Congresso Afro-Brasileiro do
Recife, apresentando um trabalho sobre “A situação do negro sob o Domínio
Holandês”. Em 1935, aconselhado por Gilberto Freyre, segue o exemplo de tantos
outros que se dedicam a nossa história, iniciando seus trabalhos no jornal
“Diário de Pernambuco”, escrevendo um artigo sobre o transcurso do 4º
Centenário da chegada de Duarte Coelho a Pernambuco. Em 1936 foi funcionário do
Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores do Estado (IPASE) no Rio
de Janeiro. Em 1937 bacharelou-se em Ciências Jurídicas
e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife. Em 1938, para tornou-se
assistente de Gilberto Freyre no curso deste na Columbia University
em Nova York,
nos EUA. Em 1940, no Rio de Janeiro, juntamente com refugiados holandeses e com
o historiador José Honório Rodrigues, criou o Instituto Brasil-Holanda. Em 1943
torna-se sócio e posteriormente presidente do Instituto Arqueológico, Histórico
e Geográfico Pernambucano. Recebe em 1949 de Gilberto Freyre mais um convite,
para torna-se presidente do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais
(hoje, Fundação Joaquim Nabuco). Em 1953 foi professor catedrático de História
da América, de Paleografia e de História do Nordeste, na Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE); e diretor do Instituto de Ciências do Homem, da mesma
Universidade até se aposentar. Em 1957 recebe o titulo de privaat
docent da Universidade Governamental de Utrecht na Holanda, e entre o período de 1957 a 1958 foi encarregado
de missão de pesquisa histórica pela UFPE, em Portugal, na Holanda, na França,
na Inglaterra e na Espanha. Entre 1971 a 1947 torna-se membro da Academia
Pernambucana de Letras (APL) e da Academia Portuguesa de História. Além de
publicações em revistas especializadas, constam de sua obra 35 livros sobre
assuntos históricos. Escreveu: Tempo dos Flamengos, que foi traduzido
para o Holandês; João Fernandes Vieira; Um Mascate e o Recife; Universidade
do Recife e a Pesquisa Histórica; Três Roteiros de Penetração do
Território Pernambucano; O Diario de
Pernambuco e a História Social do Nordeste; A Rendição dos Holandeses no
Recife; História do Brasil Holandês; A Economia Açucareira; A
Administração da Conquista; Gente da Nação: Cristãos-Novos
e Judeus em Pernambuco 1542-1654. Traduziu do Holandês: Adriaen
van der Dussen (Relatório
sobre as Capitanias Conquistadas no Brasil); Adriaen
Verdonck e Adriaen van Bullestrate. Dois
Relatórios Holandeses (1630 e 1642). Recebeu os prêmios José Hygino e Joaquim Nabuco, da APL; era oficial da Ordem de
Cristo (Portugal) e da Ordem de Orange-Nassau
(Holanda). Foi responsável pela pesquisa que identificou, na Rua do Bom Jesus,
no Recife, a primeira sinagoga das Américas, a Kahal Zur Israel. No lugar, recuperado, foi instalado, em 2002, o
Centro Cultural da Comunidade Judaica do Recife, onde também funciona o Arquivo
Histórico Judaico de Pernambuco. Morreu no Recife, em 07 de janeiro de 2002.
Por Raquel Hermínia
Gouveia
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Fotos Maria Luiza d´Orey
Lacerda Soares
Colaboração Ricardo Rodrigues